Estão sendo iniciadas hoje, as implosões de rocha em parte da BR-116 que corta a Serra das Araras, na pista de subida (sentido São Paulo), ações previstas no cronograma de obras de duplicação. As implosões são para a construção de viadutos que diminuirão a sinuosidade da via: a pista sentido São Paulo passa a ser interditada de segunda a quinta-feira, das 11h30 às 13h30, em rotina que irá durar pelos próximos anos. Em abril, a empresa responsável pela Rodovia Presidente Dutra — a CCR RioSP — deu início às obras, que têm previsão de término em 2029.
Nesse início de trabalho, no entanto, a previsão é de que não se use toda a janela de tempo planejada, já que o volume de rocha a ser detonado ainda é pequeno. Pode ser que a pista seja liberada antes do horário previsto, ou nem precise ser interditada em alguns dias de junho. “Virando para julho, devemos começar a ter detonação nos quatro dias da semana (segunda, terça, quarta e quinta-feira). Esse trabalho será mais intenso no decorrer dos próximos dois anos e meio”, calcula o gerente de Engenharia da concessionária.
Atual pista de descida da Serra das Araras será inutilizada após as obras de duplicação, já que o trecho é marcado por curvas acentuadas e acidentes. Para a criação do novo traçado, a previsão é que sejam retirados 700 mil metros cúbicos de material rochoso, o suficiente para encher mais de 46 mil caminhões-caçamba, capazes de carregar 15 metros cúbicos por viagem. As rochas implodidas serão reaproveitadas, alimentando usinas de concreto e de asfalto instaladas no Km 230. Concluída a duplicação da serra, o espaço irá abrigar uma praça para vendedores de frutas.
As implosões começarão na altura de Paracambi, na Baixada Fluminense, no Km 230,5. Neste momento, também há obras nos quilômetros 228 e 230, assim como em duas áreas que estão sendo preparadas para receber o material das implosões. A previsão é que, no ápice das intervenções, haja 34 pontos de trabalho simultâneos nos oito quilômetros de serra.