Há um mês e meio, uma semana após o temporal que registrou 112mm de chuva em Nilópolis em apenas 24 horas, 60 servidores se juntaram às equipes da Secretaria de Serviços Públicos (Semserp) que já trabalhavam nas ruas para desobstruir galerias, caixas de passagem, recolher entulhos e lixo e realizar capina. Tudo com o objetivo de prevenir novos alagamentos no município.
Eles continuam seu trabalho e o teste foi a chuva de quarta-feira (21/2), quando várias cidades da Baixada Fluminense ficaram debaixo d`água, mas no município não houve enchentes. Durante esta semana, um dos grupos de trabalho voltou ao bairro Paiol, nos trechos da Beira-Rio, perto da Via Light e da Rua Olímpio da Fonseca. E outros já tinham ido ao Central, Santos Dumont, Cabuís, Nova Cidade, Cabral e Nossa Senhora de Fátima.
“Retornamos a esses bairros para fazer a manutenção da limpeza já feita em janeiro, logo após o temporal, quando limpamos ralos, retiramos entulhos, móveis e outros materiais”, explicou João David, integrante da Comissão da Prefeitura em Ação. Ele informou que limparam mais de 1.100 ralos nessas localidades.
Entre os serviços realizados, destacam-se a retirada de uma árvore que entupia a boca de uma manilha. E oito muros que foram derrubados no final das ruas que terminam no Rio Sarapuí, como Roldão e Wallace Paes Leme, na beira do rio. “Antes deles serem construídos, o local era usado como depósito de lixo. Tivemos que derrubá-los para conseguir retirar o material”, afirmou David.
O Instituto Estadual do Ambiente (INEA), vinculado à Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, mandou há um mês e meio uma escavadeira para a barragem do Rio Sarapuí, dentro do Parque Natural do Gericinó Prefeito Farid Abrão. O equipamento está recolhendo os materiais que chegam pelo rio vindo da região, levam até um caminhão e este descarrega o lixo e o entulho em um aterro sanitário.
Moradora há 30 anos na Travessa Júlio de Miranda, da localidade Carandiru, no bairro Novo Horizonte, Damiana Barbosa, 50 anos, lembrou que a água subiu até o joelho de moradores em várias casas da rua. Ali forma uma bacia que recebe a água da rua e fica represada porque há um muro. Embaixo passa uma galeria que carreia a água das chuvas.
“Antes a água subia até a cintura. Tiraram um para-choque da galeria e nunca mais encheu assim. O lixeiro passa aqui às terças, quintas e sábados, mas as pessoas teimam em jogar o lixo na rua. Quando chove, isso também nos prejudica”, reclamou.