As áreas de maior risco para os animais e a distribuição geográfica dos atropelamentos nas estradas estão sendo mapeadas pelo Governo do Estado, por meio da Fundação Centro Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos do Rio de Janeiro (Ceperj). Os dados são coletados pelo aplicativo “RJ é o Bicho”, que oferece aos cidadãos a oportunidade de contribuir para a preser-vação e proteção da fauna do estado. Um estudo realizado pela fundação Ceperj entre 2021 e 2022 identificou que os animais gambá de orelha preta, capivara e ouriço-cacheiro são os mais atropelados em rodovias.
“O aplicativo investe na conservação da biodiversi-dade do estado, favorecendo a gestão das unidades de conservação, a educação ambiental, a cultura, ecoturismo e ações socioambientais. Além disso, a população contribui, indicando locais de atropelamentos e onde animais silvestres foram avistados”, explicou o governador Cláudio Castro.
A ferramenta é divi-dida em três categorias. A primeira delas é a aba “Bicho na Pista”, onde o usuário preenche um formulário de registro de atropelamento. O arquivo solicita informações como o local onde o animal foi encontrado, e a espécie.
Outra categoria é a de “Monitoramento de Fauna”, que permite o registro de avistamentos de animais de qualquer espécie, sob qualquer condição. O monitoramento silvestre busca avaliar as populações de animais existentes em determinado habitat, possibilitando o manejo de cada unidade de conservação e o licenciamento ambiental.
“Com essas informações, é possível identificar quais espécies são mais afetadas e se existe algum desequilíbrio ambiental”, disse a presidente do Ceperj, Izabel Toledo.
O programa também conta com o acervo de fauna, destinado a instituições de pesquisa, pesquisadores e guardas de parques. O aplicativo está disponível para download nas plataformas digitais Apple Store, Google Play e pelo portal RJ é o Bicho.