Flic é encerrada com a escritora Conceição Evaristo

O primeiro Festival Literário e Cultural da Baixada Fluminense (Flic-BF) terminou no último domingo, dia 24, no Parque do Gericinó Farid Abrão, em Nilópolis, em grande estilo. Uma das mais influentes escritoras do movimento pós-modernista no Brasil, a mineira Conceição Evaristo foi a grande homenageada do evento, que contou com a participação também de Itamar Vieira Jr. e Elisa Lucinda em outras rodas de conversa.
A Flic-BF foi uma realização do Instituto Latinoamerica, com produção da ABÈBÈ Produções, parceria e fomento do Ministério da Cultura, e apoio da Prefeitura de Nilópolis, por meio das secretarias municipais de Cultura e de Meio Ambiente. A programação, além de homenagens a grandes escritores, contou com espetáculos teatrais, musicais e palestras.
Linguista e escritora afro-brasileira, ela tem mais de 10 livros publicados, muitos ensaios e vários desses livros foram traduzidos para outras línguas. Ela participou da roda de conversa ‘A experiência negra como matriz da nossa ficção’ ao lado da pesquisadora e crítica literária Fernanda Felisberto, da escritora queimadense Selminha Ray, da escritora Nathalia Rodrigues e da deputada estadual Dani Monteiro.
O debate considerou o termo ‘Escrevivência’, cunhado por Conceição, que trata da escrita que nasce do cotidiano, das lembranças, da experiência de vida da própria autora e do seu povo. “Não nos reconhecemos em obras belíssimas da literatura brasileira. Os homens negros têm que ser potentes, enquanto as mulheres negras têm que saber cozinhar e gostar de transar, como a personagem Gabriela, do livro Gabriela Cravo e Canela”, salientou, sendo ovacionada pela plateia.

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