As vendas de veículos caíram 8% no mês de agosto, primeiro mês desde o fim do programa do governo federal de descontos no carro zero. Foram 208 mil carros vendidos, contra 226 mil no mês de julho. De acordo com os dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), divulgados na última terça-feira, dia 5, mesmo assim, agosto foi o segundo melhor mês deste ano em vendas.
Agosto foi o primeiro mês sem efeitos claros do pro-grama de incentivos do governo federal. Com os descontos, a média diária de vendas em julho chegou a 10,7 mil veículos. Em agosto, foram 9 mil vendas diárias.
A produção de veículos, por outro lado, teve aumento de 24% em agosto, com a redução dos estoques no mês anterior. Foram 227 mil veículos produzidos, contra 183 mil no mês de julho. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, houve queda de 4,6%.
No acumulado do ano, houve queda de 0,4% em relação à mesma janela do ano anterior. Foram 1,542 milhão de veículos produzidos agora, contra 1,549 milhão em 2022. “A ausência da parada de fábricas é um sinal muito positivo em relação ao que vivemos nos últimos anos”, disse o presidente da Anfavea, Márcio de Lima Leite.
Segundo Lima Leite, parte do resultado foi ajudado pelas exportações. O executivo aponta para um crescimento expressivo de vendas para o México, que representa hoje 31% das exportações de veículos brasileiros. Em seguida, vem a Argentina, com 29% de participação, seguida de Colômbia (10%) e Chile (6%).
“O México tem recebido investimentos expressivos nos últimos anos. O país está crescendo muito, tem investimentos vindos da China e de países asiáticos. Vive um outro momento em termos de indústria automotiva, mas tem impacto direto no Brasil em função do nosso acordo de livre comércio”, disse.