Escola de Música oferece aulas para a terceira idade

A sala de aula não possui cadeiras, carteiras e um quadro negro. Há um piano instalado do lado esquerdo do quadro, partituras e muitas cabeças brancas empenhadas em aprender a tocar uma canção na aula de musicalização para a terceira idade da professora Sônia Leal, educadora com especialização em gerontologia pela UERJ. Seus alunos têm média de 60 anos ou mais e são divididos em três turmas: uma das 9h às 12h , outra das 14h às 17h e um grupo que se dedica à seresta.
“A musicalização é uma introdução teórica das noções principais de música e ela é feita através da escaleta, para que eles possam não ter somente a música de papel, no caderno, do exercício. O objetivo é que eles consigam identificar o que estão estudando através dos sons. Já no primeiro ano eles começam a tocar músicas simples e vão crescendo, tocando outros tipos de músicas a cada semestre. O curso é feito em dois anos e, depois desses período, podem reingressar na escola para estudar o curso geral, de 3 anos. E aí eles vão escolher se vão estudar canto, teclado, violino, violão”, explicou Sônia Leal, professora de música concursada na secretaria municipal de Cultura.
Os alunos estão aprendendo a teclar na escaleta – instrumento musical que une teclado e sopro – nas aulas da Escola Municipal de Música Weberty Bernardino Aniceto, em Nilópolis. A primeira turma é de musicalização com a escaleta, a outra aprofunda os conhecimentos musicais na escaleta e há o grupo da seresta.
Sônia Leal leciona há 22 anos na escola de música e explicou como surgiu o grupo de seresta. “Surgiu há 20 anos como uma forma de confraternização e também porque havia alunos que não queriam aprender música, e sim ter uma atividade social ligada à música. Então, essas pessoas vão para cantar e os alunos que estão aprendendo vão tocar. Antigamente, eles ingressavam no curso iniciante e já aprendiam os instrumentos, mas tinham muita dificuldade. Aos poucos, fomos formatando o curso e, após a musicalização com as ideias centrais e a escaleta, depois passam para o restante”, contou a professora.

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