As obras de restauração da histórica estação da Leopoldina, na região central do Rio, foram retomadas. As intervenções tinham sido interrompidas em junho em meio a troca de acusações públicas entre a prefeitura do Rio e a Concrejato, responsável pela revitalização do prédio. A empresa alegava falta de pagamento enquanto o município alegava estar apurando desrespeitos às leis trabalhistas.
O canteiro de obras foi reativado, mas ainda em ritmo lento. Os operários atuam principalmente realizando reparos e demolições. Procurada, a Companhia Carioca de Parcerias e Investimentos (CCPar), responsável pela contratação, não informou se a paralisação afetou o cronograma de obras. A expectativa é reinaugurar o prédio em 2026 como parte das comemorações do centenário da estação. A reforma deve custar R$ 80 milhões.
Conhecida oficialmente como Estação Barão de Mauá em homenagem ao banqueiro que implantou as primeiras ferrovias no país, ela foi inaugurada em 1926. Foi desenhada pelo arquiteto escocês Robert Pentrice, o mesmo que projetou o Palácio da Cidade, em Botafogo, sede social da Prefeitura do Rio. A estação recebia trens de uma linha auxiliar que vinha do bairro São Francisco Xavier e de um dos ramais da extinta estrada de ferro Rio do Ouro.