Lançado projeto para reforma do camelódromo da Uruguaiana

A Prefeitura do Rio lançou a licitação para uma reforma que promete transformar completamente o camelódromo da Uruguaiana que foi parcialmente destruído por um incêndio em janeiro. O projeto prevê a construção de um shopping popular vertical com quatro pavimentos e cerca de 1,6 mil boxes.
De acordo com a prefeitura a proposta é modernizar e reorganizar o espaço, criando áreas comuns mais amplas e acessíveis. Hoje, quem circula pelo camelódromo enfrenta corredores apertados e construções irregulares que, segundo a prefeitura, prejudicam até a visibilidade de imóveis tombados nos arredores. “A proposta é integrar melhor o camelódromo com o entorno. Hoje, há acréscimos irregulares no entorno que interferem na contemplação de bens tombados. E teremos um sistema de incêndio moderno seguindo a legislação dos bombeiros”, afirmou o secretário municipal de Infraestrutura, Wanderson Nogueira.
O novo espaço também deve incluir uma praça de alimentação. A ideia é transferir para dentro do futuro prédio os ambulantes que hoje vendem alimentos na entrada da estação Uruguaiana do Metrô, onde o fluxo intenso de pedestres é frequentemente dificultado.
O custo estimado da obra é de R$ 84,8 milhões, com prazo de conclusão de 16 meses. A execução será dividida em fases para reduzir o impacto nas vendas.
O projeto arquitetônico prevê varandas voltadas para a Rua Uruguaiana e a Avenida Presidente Vargas, com fachadas mais integradas à paisagem urbana. Ainda não há prazo para o início efetivo das obras, que dependerá da conclusão do processo licitatório.
Entre os visitantes, também há diferentes visões. A professora mineira Luciana Amaral, que veio ao Rio exclusivamente para o show da Lady Gaga, aproveitou a manhã para comprar acessórios no camelódromo.
“Nunca vi tanta coisa colorida junta. Comprei camisa, leque e uma peruca. É uma loucura, mas é muito divertido. Se ficar mais organizado e seguro, vai ser ótimo para quem vem de fora”, afirmou ela.
Já o administrador paulista Henrique Teles destacou a importância do projeto para melhorar a imagem do espaço. “É um lugar popular, importante para o comércio, mas é visível que muita coisa vendida aqui não tem procedência. Com estrutura e controle, dá para manter a diversidade, mas com mais legalidade”, disse ele com uma sacola cheia de acessórios.

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