A necessidade de voltar a ser feita a castração. Essa frase daria conta do recado se fosse preciso resumir a última audiência pública da causa animal, realizada na Câmara Municipal de Nilópolis. Várias outras demandas foram apresentadas, vários outros assuntos discutidos e inúmeras conquistas comemoradas, mas o fato é que para a rede de proteção dos animais nilopolitana a volta da castração de cães e gatos continua sendo apontada como a medida mais urgente. Preparada pela Comissão Permanente de Proteção aos Direitos dos Animais, presidida pelo verea-dor Leandro Hungria, esta audiência contou com a presença do vice-prefeito Alvinho, de representantes da 24ª subseção da OAB (Nilópolis), vários protetores e representantes da sociedade.
Durante a audiência, o vereador Leandro Hungria apresentou os avanços na causa animal em Nilópolis. Ele relembrou a criação da Comissão Permanente de Proteção aos Direitos dos Animais, na Câmara Municipal de Nilópolis, logo no início do seu primeiro mandato, assim como a implan-tação da Ouvidoria, que recebe cerca de 20 mensagens diaria-mente. Leandro Hungria ainda destacou que foram feitas mais de 200 indicações, que mais de 110 requerimentos foram aprovados e mais de 300 ofícios encaminhados à secretaria municipal do Meio Ambiente, assim como destacou as principais leis.
“Antes de 2020, não tínhamos nada referente à causa animal em Nilópolis. Agora, temos leis que obrigam o atropelador a prestar socorro e custear o tratamento do animal, que permite o transporte dos pets em ônibus, que prevê a substituição de veículos de tração animal, as carroças, multa para quem impedir alimentação e hidratação de animais de rua, o castramóvel, a feira de adoção, entre tantas outras. Sabemos que temos muitos a avançar e essa audiência tem justamente esse objetivo”, disse, anunciando que 80% das obras da clínica veterinária municipal já estão concluídas e que a inauguração deve acontecer ainda este ano.
Além dos componentes da mesa, entre eles o presidente da Comissão dos Direitos dos Animais da OAB, Antô-nio Gavaza, e dos membros Nilton Ricardo e Alex Salles; da veterinária Cristina Moreira, da Unidade de Saúde e Proteção Animal (Uspan); da protetora Amanda Mello; de Jorge Nei Hungria; e do presidente da Associação Comercial e Empresarial de Nilópolis e Baixada Fluminense (Acenil), Juan Medeiros, os protetores presentes tiveram direito a falar, usando, inclusive, a tribuna da Câmara Municipal. Todos foram unânimes em destacar que são muitos os avanços no município e que, de certa forma, atualmente a rede de proteção se encontra mais organizada, já sendo possí- vel trocar informações e obter ajuda.
Várias demandas, no entanto, foram apresentadas e o vereador Leandro Hungria, se comprometeu a enviar os ofícios necessários e buscar as respostas junto à secretária municipal do Meio Ambiente, que é o órgão responsável. A volta do castramóvel e dos convênios com as clínicas veterinárias para a castração dos cães e gatos foi a principal demanda apresentada e nesta questão, o vice-prefeito Alvinho se comprometeu em buscar saber o motivo da interrupção para que possa retornar. “Aprendi muito hoje, gosto de ajudar e vendo tantos envolvidos nessa causa, já posso dizer que vocês têm um parceiro para as necessidades da causa animal”, disse.
Entre as outras principais necessidades apresentadas estiveram a criação de uma casa de passagem ou lar temporário para os animais resgatados, a medicação para a esporotricose em cápsulas menores para os gatos e a criação da farmácia pet. Por sugestão do presidente da Acenil, Juan Medeiros, os protetores estudam se organizar em associação com o objetivo de ter um poder de atuação maior. Ele ainda disponibilizou um espaço na Acenil para a realização do curso de auxiliar de veterinária, que deve ser ministrado pela veterinária Cristina Moreira para os cuidados com os pets.
Causa animal é tema de audiência pública na Câmara