A Prefeitura do Rio de Janeiro apresentou um projeto de revitalização da região do Sambódromo nos moldes do Porto Maravilha. O projeto prevê a demolição do Elevado 31 de Março e outras medidas para requalificar o entorno. De acordo com o poder municipal, o objetivo é fazer com que a passarela do samba esteja mais integrada à região central do Rio.
O projeto prevê a construção de um túnel sob a linha férrea, parques, prédios residenciais, sala de espetáculos, e um museu do samba.
A prefeitura anunciou que o projeto prevê a demolição do Elevado 31 de Março em toda a extensão, desde a entrada do Santo Cristo até o túnel Santa Bárbara. Segundo o poder público, a ideia é liberar uma área equivalente a 700 mil metros quadrados com potencial para construção de moradias, entre outros espaços.
Um dos projetos elaborados para a área do elevado é a construção de um distrito residencial. Nele, um dos prédios homenageará o arquiteto Oscar Niemayer, autor do projeto do sambódromo da Marquês de Sapucaí. De acordo com a prefeitura, a construção terá por inspiração o prédio do Congresso Nacional e ficará na Avenida Presidente Vargas, em cima da entrada de um novo túnel que fará a ligação com o bairro de Santo Cristo após a demolição do elevado.
O projeto prevê ainda melhorias para o Sambódromo que incluem a construção de um museu em um terreno ocupado por carros alegóricos atrás da Praça da Apoteose. Também está prevista a construção de uma infraestrutura para a realização de eventos culturais e de negócios atrás de cada módulo da arquibancada, fazendo com que o espaço seja usado ao longo do ano. O projeto também prevê melhorias no Terreirão do Samba e a construção de um parque.
A iniciativa ainda não tem previsão de data para o início das obras, pois precisa ser discutida na Câmara dos Vereadores, que precisa aprovar a proposta de operação urbana consorciada. É um instrumento que permite a transformação de áreas degradadas por meio de parcerias público-privadas. “Essa é uma operação que não custa nada aos cofres públicos. Os recursos saem da própria operação. Quando você tira o viaduto, os terrenos que existem ali e que pertencem ao município se valorizam, aparecem novos empreendimentos residenciais, como estão sur- gindo no Porto Maravilha, e isso que paga a conta ali”, disse o prefeito do Rio.