Descobrir que em plena cidade há um lago com um jacaré do papo amarelo (animal em extinção), fazer as trilhas do Jamelão e Pau Jacaré, e ficar sabendo que a cobra cipó é verde e, com isso, consegue se disfarçar no meio da folhagem das árvores e plantas. Tudo isso duas turmas de 5º ano, uma do turno da manhã e outra da tarde da Escola Municipal Professor Samuel de Souza Maciel, na cidade vizinha de Mesquita, encontraram na primeira visita ao Parque Natural Farid Abrão na última segunda-feira, dia 25.
Eles passearam pelo local, que preserva um pouquinho da Mata Atlântica original e fizeram uma visita guiada com a coordenadora pedagógica da unidade escolar, Márcia Maciel, com orientação de um biólogo e dois estudantes de gestão ambiental, integrantes da Guarda Ambiental do Parque Natural Farid Abrão. “A visita guiada tem por objetivo trabalhar a educação ambiental também e usamos uma linguagem lúdica para que seja mais fácil as crianças entenderem”, explicou a superintendente da Guarda Ambiental Amanda Porto, que agradeceu o apoio do secretário de Meio Ambiente, Dean Senra, e do presidente do Fundo Municipal de Meio Ambiente, Eduardo Maruche.
Ela informou que as escolas e grupos que quiserem fazer o passeio guiado devem mandar mensagem para o e-mail meioambiente@nilopolis.rj.gov.br para agendar a visita. Geralmente, o trajeto conta com o lago do jacaré, a estátua do Cristo Redentor, além das trilhas, onde conhecem um pouco da fauna e da flora do parque.
Os visitantes podem se deparar com aves de diversas espécies, saguis (miquinhos) que preferem ficar perto da área de piquenique, o jacaré e até uma jibóia. “Retornamos com a visita guiada há uma semana e já tivemos 10 agendamentos. Recebemos escolas de fora, como Mesquita, Nova Iguaçu, Belford Roxo e até Anchieta. Isso sem falar nas escolas da rede municipal de Nilópolis que, mesmo sem agendar, vão passear no Parque Natural Farid Abrão”, contou a superintendente da Guarda Municipal.
A coordenadora pedagógica Márcia Maciel disse que o objetivo da visitação era o contato com a natureza. “Os alunos conheceram um pouquinho mais do parque natural. Uma riqueza natural da Baixada Fluminense que eles, muitas vezes, nunca tiveram contato. Foi um momento ímpar para todos os estudantes, que puderam fazer a primeira trilha da vida deles”, salientou a pedagoga.