Foi anunciado na quarta-feira, dia 16 pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira que o governo não vai implementar o horário de verão em 2024. A decisão foi tomada após avaliação de novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O horário de verão foi extinto em 2019 pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Silveira, no entanto, não descartou que o governo volte a discutir a implementação da política no ano que vem. Segundo o ministro, o horário de verão voltou a ser uma política pública a ser avaliada em tempos de crise energética.
“Nós temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar sim a volta dessa política para 2025 e quando eu faço esse parênteses eu faço pra destacar a minha defesa da política do horário de verão para o país”, disse Silveira.
A decisão foi anun- ciada após o ministro ter uma reunião com demais integrantes do governo, onde foram apresentados novos estudos do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) sobre o tema.
A volta do horário de verão neste ano foi ventilada pelo ministro de Minas e Energia por conta da seca. Mas o assunto perdeu força por conta do início do período chuvoso e da pressão de setores como empresas áreas que precisam redesenhar toda a malha, já que as passagens foram vendidas sem contar com os relógios adiantados.
Dentro do governo, a avaliação era de que a volta do horário de verão só aconteceria em 2024 caso o ONS mostrasse que a medida fosse estritamente necessária. De toda forma, isso não seria feito antes do segundo turno das eleições, marcado para o dia 27.
Parte da indústria também temia aumento de custos. O setor de turismo e bares e restaurantes defendem o horário de verão.
O ministro Alexandre Silveira chegou a defender que a mudança poderia ajudar o sistema em um “momento realmente crítico” na geração causada pela seca, que se soma ao calor e ao aumento do consumo nos horários de pico — que hoje ocorrem no meio da tarde.
Como forma de compensação, a pasta de Alexandre Silveira pediu estudos ao Operador Nacional do Sistema Elétrico sobre alternativas para compensar o que seria a economia causada pelo horário diferenciado, estimada em R$ 400 milhões. Desde 2019, o horário de verão não é adotado no Brasil.