Um projeto de lei aprovado na Câmara Municipal do Rio na última quarta-feira, dia 16, derrubou o limite de dez anos de vida útil para táxis do Rio. Caso o PL seja sancionado pelo prefeito Eduardo Paes, taxistas não serão mais obrigados a fazer a permuta, como é chamada a troca de carros. Atualmente, dos 33 mil táxis da capital, cerca de 14% têm esse tempo de duração. A proposta é que os táxis mais velhos passem por uma vistoria anual presencial, que teria a finalidade de verificar os itens de segurança, além da conservação e estado do veículo.
Nas ruas, a decisão dos vereadores já dá o que falar. Por um lado, usuários temem que haja queda na qualidade do serviço com o envelhecimento da frota; por outro, taxistas torcem pela queda na obrigatoriedade devido aos altos custos de automóveis.
Desde 2013, as regras sobre a vida útil de veículos usados como táxi do Rio sofrem alterações. Onze anos atrás, na primeira gestão de Eduardo Paes, ela era de seis anos; depois, na gestão de Crivella, passou para oito anos. Em 2023, no pós-pandemia, os prazos foram estendidos e por conta da crise desencadeada pela pandemia foi permitido, pela Secretaria municipal de Transportes, que carros fabricados entre 2010 e 2013 ingressassem no Serviço de Transporte Individual de Passageiros em Veículos de Aluguel a Taxímetro.
A cidade tem 33 mil táxis. Segundo o diretor do Sindicato de Taxistas Autônomos do Rio, Alan Ramos, 4.800 veículos estão perto da faixa dos dez anos.