O Conselho Curador do FGTS aprovou a liberação R$ 23 bilhões para o programa Minha Casa, Minha Vida. Do total, R$ 21,950 bilhões serão destinados a financiamentos de imóveis e R$ 1,050 bilhão ao subsídio bancado pelo governo, que é um aporte para reduzir o valor do contrato do comprador e permitir a redução da prestação. O orçamento original do FGTS destinado ao programa neste ano foi de R$ 97 bilhões. Com a verba adicional o volume de recursos para política habitacional chegará a R$ 120 bilhões em 2024.
Além disso, o governo retirou R$ 3 bilhões da linha Pró-Cotista, que oferece condições mais facilitadas na compra da casa própria aos trabalhadores que têm conta no FGTS. A modalidade recebeu R$ 8,5 bilhões no início do ano, mas sobraram recursos porque em abril o Ministério das Cidades reduziu a cota de financiamento pela metade.
Com as mudanças, o orçamento total do FGTS destinado ao Minha Casa Minha Vida para financiamentos alcançará R$ 122,1 bilhões. O Ministério das Cidades alega que a medida visa ao aumento da meta de contratação para aproximadamente 600 mil unidades habitacionais, sobretudo imóveis novos.
Em relação aos subsídios, o volume inicial liberado pelo FGTS, que foi de R$ 9,95 bilhões, também aumenta para R$ 11 bilhões. Famílias que se enquadram na faixa 2 e tenham renda mensal bruta de R$ 2.850,01 a R$ 4.700 (valor atualizado neste sexta-feira, dia 9) podem solicitar subsídio de até R$ 55 mil. Segundo o Ministério das Cidades, 70% do orçamento para habitação já foram até o início de agosto, e há risco de faltar recursos entre outubro e novembro, o que poderia travar o mercado.