O último mês de julho foi o segundo mais quente já registrado e o segundo mês mais quente globalmente, de acordo com o Serviço Copernicus para as Alterações Climáticas (C3S), da União Europeia. No período, a temperatura média do ar na superfície foi de 16,91°C, 0,68°C acima da média registrada para julho entre 1991-2020, e apenas 0,04°C infe-rior ao máximo anterior estabelecido em julho de 2023.
Embora o mês passado não tenha sido tão quente quanto julho de 2023, em média, a Terra viveu os seus dois dias mais quentes já registrados. A temperatura média global diária atingiu 17,16°C e 17,15°C no ERA5 em 22 e 23 de julho.
O reflexo da alta do termômetro se vê por todo o globo. De Tóquio, no Japão, onde mais de 100 pessoas morreram por complicações de saúde ligados às temperaturas nas alturas, ao aprofundamento da seca acompanhado do aumento recorde dos focos de calor na Amazônia em mais de 20 anos.
Em comunicado, o Copernicus pontuou que julho deste ano esteve 1,48°C acima da média estimada do mês para 1850-1900, o período de referência pré-industrial designado. O valor marcar o fim de uma série de 12 meses consecutivos iguais ou superiores a 1,5°C. Mas não há motivos para comemorar.
A temperatura média global de agosto de 2023 a julho de 2024 foi 0,76°C acima da média de 1991-2020 e 1,64°C acima da média pré-industrial. Já a temperatura global no acumulado deste ano é 0,70°C acima da média de 1991-2020, 0,27°C mais quente do que no mesmo período de 2023.
“A sequência de meses recordes chegou ao fim, mas apenas por um fio. Globalmente, julho de 2024 foi quase tão quente quanto julho de 2023, o mês mais quente de que há registo. E registou os dois dias mais quentes da história”, expli-cou a diretora adjunta do Copernicus, Samantha Burgess.
A extensão do gelo marinho do Ártico ficou 7% abaixo da média, e, a do gelo marinho antártico, ficou 11% abaixo da média.